GOVERNO DE SP ALEGA CRISE E NEGA REPOSIÇÃO SALARIAL A POLÍCIA

Há três anos sem que a categoria receba sequer reposições da inflação, representantes de diversas carreiras da Policia Civil tiveram nova decepção na Secretaria Estadual de Segurança Publica em reunião, ontem (19/7/17) a noite. No encontro de duas horas e meia, marcado por momentos tensos, pois as perdas salariais na PC chegam a 1/3 dos vencimentos e há ainda a precariedade da falta de funcionários, o secretário estadual da SSP, Mágino Alves Barbosa Filho e integrantes da equipe da Secretaria Estadual da Fazenda expuseram números da arrecadação e orçamentária do Estado para alegarem, ao fim da reunião, que não podiam ainda indicar nenhum percentual de reposição aos Policiais Civis.

Mágino se comprometeu a levar toda discussão ao governador Geraldo Alckmin e disse torcer pela recuperação econômica do país para então apresentar algum índice para a recomposição dos salários dos servidores da SSP. Segundo o secretário, medidas de contingência, como economizar com imóveis locados, ações de combate às sonegações fiscais e às fraudes em setores econômicos importantes para compor o orçamento estatal, como por exemplo o setor dos combustíveis, foram intensificadas para tentar amenizar a situação financeira do Estado.

A SSP garante que, diferente do que vêm ocorrendo em alguns Estados da União, os Policiais paulistas terão garantidos, apesar da crise, seus salários integrais mensais, os benefícios de inativos e o décimo terceiro. Na reunião estavam o presidente da Feipol Sudeste - Federação Interestadual Dos Trabalhadores Policiais Civis Da Região Sudeste, Aparecido Lima de Carvalho, Kiko, que também preside o Sinpol Campinas - Sindicato dos Policiais Civis da Região de Campinas, além de representantes de diversos Sindicatos de Policiais Civis da Capital e do Interior.                  
      
Em nota em rede social, Aparecido Lima de Carvalho, que está em Minas Gerais para um congresso das FEIPOL de todo o país, resumiu para a categoria que a reunião chamada pela SSP para tratar de reajuste salarial teve exposição de técnicos do Governo para afirmarem que o Estado de São Paulo está muito próximo do limite prudencial no item despesas com pessoal, segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal e que, segundo eles, neste momento, não há condições de promover reajuste. No entanto, será marcada reunião com o governador nos próximos meses para definir o assunto e que, por ora, o reajuste é zero.


Att,
Aparecido Lima de Carvalho
Presidente Sinpol Campinas / Feipol Sudeste